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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Programa Bolsa Família reúne cerca de 250 pessoas em agenda social e cultural no Quilombo de Palmas

      

Prefeito  Dudu na abertura

 Um dia frio marcado por diversas atividades na Comunidade Quilombola de Palmas no município de Bagé no RS, assim foi vinte de agosto com o desenvolvimento da Agenda Social e Cultural Quilombola promovida pela Prefeitura Municipal de Bagé, através da Secretaria de Trabalho e Assistência Social(SMTAS) pelos projetos complementares do programa Bolsa Família.
        A abertura teve a participação do Prefeito de Bagé, Dudu Colombo; Secretária de Políticas para Pessoa Idosa e Primeira Dama, Silvana Caetano, Cláudia Corral,  coordenadora do Bolsa Família no município;Lélia Quadros, coordenadora das Políticas para as Mulheres;  Leomar Alves, presidente da Comunidade Quilombola; Gilda Carvalho, presidente das Associações de pequenos produtores de Palmas, entre outras autoridades junto à comunidade.

  O prefeito Dudu ressaltou as políticas públicas desenvolvidas na comunidade e a intenção de aprofundá-las em programas e ações de governo.
As atividades desenvolvidas foram: Reunião do Comitê Técnico de Saúde da População Negra, Pré- Conferência da Mulher, Prestação de contas da diretoria quilombola, Sarau literário com alunos da EMEF. João Thiago do Patrocínio sob coordenação da Prof.ª Débora Rosa, exibição do filme "O Sabiá" com presença e explanação do diretor, Zeca Brito, além da unidade móvel de saúde e assistência jurídica presentes no evento. O evento foi prestigiado pelos alunos do curso de Pedagogia  da UERGS.                














terça-feira, 16 de agosto de 2011

Programa Bolsa Família do município de Bagé realiza agenda Social e Cultural na Comunidade Quilombola de Palmas

         No próximo sábado, 20 de agosto das 10h às 16h30min o programa Bolsa Família ligado a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social(SMTAS) do município de Bagé vai realizar uma Agenda Social e Cultural na Comunidade Quilombola de Palmas com diversas atividades, dentre elas brinquedos e a presença do Programa Primeira Infância Melhor(PIM). O objetivo é realizar um evento de apoio aquela comunidade tradicional a como ação complementar do Bolsa Família. No dia domingo, 21 haverá torneio de Futebol Sete a partir das 9 da manhã. A Gestão do Bolsa Família é da Secretária Andréia Quadros Rosa, a Coordenação de Cláudia Corral.

                                                      Programação de Sábado
10h- Abertura;
10h30min- Pré Conferência da Mulher;
10h30min- Reunião do Comitê Técnico de Saúde da População Negra;
12h-Intervalo;
13h- Histórico Quilombola;
14h-Apresentação do Sarau Literário com alunos da EMEF. João Thiago do Patrocínio e apresentações musicais;
15h- Apresentação do Filme o Sabiá(curta rodado na comunidade);  16h30min- Encerramento

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Mulheres e Negros têm menos acesso a transplantes de órgãos no País


Pesquisa recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que ser mulher e ser negro, no Brasil, pode diminuir ainda mais as possibilidades de tratamento eficaz na rede pública de saúde. Estudo inédito sobre transplantes de órgãos sólidos (como coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão) mostra que a maioria dos transplantados no Brasil são homens da cor branca.
A pesquisa Desigualdade de Transplantes de Órgãos no Brasil: Análise do Perfil dos Receptores por Sexo, Raça ou Cor aponta que a cada quatro receptores de coração, três são homens, e 56% dos transplantados têm a cor da pele branca. No transplante de fígado, 63% dos receptores são homens e de cada dez pessoas que recebem o órgão, oito são brancas.
A maioria de receptores de pulmão também é formada por homens (65%) e pessoas brancas (77%). No transplante de rim, os homens também são maioria (61%) e 69% dos atendidos são brancos. Homens e mulheres são igualmente atendidos nos transplantes de pâncreas, mas 93% dos transplantados são brancos.
DESIGUALDADE – Para Alexandre Marinho, da diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea e um dos autores da pesquisa, “o trabalho revela que há desigualdade no recebimento dos órgãos, o que não deveria ocorrer, já que o acesso à saúde é um direito universal”.
Os pesquisadores analisaram dados de 1995 a 2004, fornecidos pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Marinho explica ainda que as causas da diferença entre brancos e negros não foram o foco do estudo, mas acredita-se que as condições socioeconômicas tenham influência no momento da escolha do paciente.
DESCASO – A Constituição Federal determina que a saúde é um direito de todos os brasileiros e um dever do Estado. Mesmo com os avanços obtidos através da instalação de diversos dispositivos legais, é inegável que brancos, negros, indígenas e pardos ocupam posições diferentes na sociedade e, consequentemente, vivem experiências diferentes ao recorrer à rede médica.
Confira abaixo alguns dados que demonstram a desigualdade no atendimento recebido por negros e negras no Brasil:
• Dados de 2008 divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-IBGE) revelaram que 40,9% das mulheres pretas e pardas acima de 40 anos de idade jamais haviam realizado mamografia, contra 26,4% das brancas na mesma situação;
• Das mulheres acima de 25 anos, 37,5% das negras e, 22,9% das brancas jamais haviam realizado exame clínico de mamas. No mesmo intervalo etário, 18,1% das pretas e pardas e 13,2% das brancas nunca se submeteram ao exame Papanicolau (exame ginecológico preventivo);
• De acordo com o relatório Saúde Brasil 2005: uma análise da situação de saúde, o risco de uma criança preta ou parda morrer antes dos 5 anos por causas infecciosas e parasitárias é 60% maior do que o de uma criança branca;
• Também o risco de morte por desnutrição apresenta diferenças alarmantes, sendo 90% maior entre crianças pretas e pardas do que entre brancas;
• De acordo com a PNAD de 2006, a realização de exames clínicos de mamas durante uma consulta ginecológica é menos frequente em mulheres negras do que em mulheres brancas;
• No período de 2007 a 2009 o risco de uma mulher negra entre 10 e 29 anos de idade morrer por câncer de colo de útero foi 20% maior que aquele apresentado para uma mulher branca na mesma faixa etária.

Fonte: Jornal A Tarde

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Lei que implementa o ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira foi tema de formação de professores.




EEEF. Dário Lassance
                O Centro de Estudos e Cultura afro-brasileiro Kilombo através de seu núcleo de educação realizou na última semana a formação de professores relativo a Lei 10.639/03, apesar de ter completado oito anos, mas ainda é desconhecida ou praticamente não cumprida como deveria no âmbito escolar. As alegações são muitas, conteúdo não estudado na academia, falta de material didático, dentre outros.
                O Ceafro Kilombo assim como outras instituições do Movimento Social Negro tem tentado suprir esta demanda na região. A formação foi realizada com professores das escolas de Bagé; São Pedro(municipal) e Monsenhor Costábile Hipólito(estado), Conquista do Jaguarão de Aceguá(estado), Dário Lassance de Candiota(Estado) pelos educadores Emilinha Macedo Luz e César Jacinto que trabalham com palestras desde 2001 sobre a temática e formação de professores desde 2005.

Descontração com a EEEF. Conquista do Jaguarão
        Para Emilinha, coordenadora de educação da entidade, as capacitações foram positivas, ela notou o grande interesse dos professores, tanto da rede Estadual como Municipal em debaterem o tema, houve uma grande aceitação as sugestões oferecidas principalmente porque foi mostrado que não se trata de desconstruir o que existe, mas acrescentar essa cultura com o seu valor, paraser criado nos nossos alunos situações reais da história, que foram negadas e invisibilizadas durante todos esses anos. "Acredito que só dessa forma vamos conseguir formar cidadãos tolerantes, que irão aprender a respeitar as diversidades desde a infância, sem a falsa idéia de supremacia racial", avaliou.

EMEF. São Pedro
Jacinto afirma que a inicativa de preparar os professores, na maioria das vezes parte do Movimento Negro, mas já existem escolas que abordam a mais tempo a temática em função de capacitações anteriores e aplicam com apoio da equipe diretiva em suas escolas. Inserir no currículo estes conteúdos é preponderante para o desenvolvimento de uma educação multicultural e que contemple a diversidade étnica brasileira.