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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Projeto lembra contribuição do negro nos 200 anos de Bagé Uma história marcada pela invisibilidade e pelos poucos registros, assim é classificada a contribuição dos negros nos principais fatos históricos do Estado.

CIDADE
por: Maritza Costa Coitinho
 
[23H:16MIN] 02/11/2011 - EVENTO
Projeto lembra contribuição do negro nos 200 anos de Bagé
Uma história marcada pela invisibilidade e pelos poucos registros, assim é classificada a contribuição dos negros nos principais fatos históricos do Estado.
 
DIVULGAÇÃO
PALESTRAS: informação nas escolas
 

Mas, nesses 200 anos da cidade de Bagé, dois pesquisadores viram uma bela oportunidade de mudar esta realidade e levar às escolas da região o conhecimento que adquiriram pesquisando sobre a vida de personalidades negras não só da cidade mas da região, bem como negros que passaram por aqui e, de alguma forma, deixaram sua contribuição. Entre eles estão Mão Preta, Mãe Luciana, João Candido, Adão Latorre, João Thiago do Patrocínio e Príncipe Custódio.
Membro da coordenação política e estadual do Movimento Negro e do Ceafro Kilombo, César Jacinto e a pedagoga e professora em Aceguá, Fabiana Costa Rosa, se uniram e já iniciaram o ciclo de palestras sobre o tema. As escolas que quiserem participar podem fazer contato pelo fone 9979 8023. Temas como a chegada dos negros à região e a contribuição histórica da etnia são abordados. O lançamento do projeto, que tem parceria do Prociba e da Secretaria Municipal de Cultura, aconteceu em junho, na escola João Thiago do Patrocínio.
Um dos objetivos da iniciativa, conforme Jacinto, é levar às escolas a história afro-brasileira, de acordo com uma lei que já existe, mas ainda não está efetivamente em ação em todas as escolas. A ideia é visitar cidades vizinhas e também entidades da sociedade civil. Para o ano que vem, Jacinto já programa o lançamento de um livro sobre as personalidades negras.
Uma das curiosidades é que Fabiana, entusiasta da história do negro, não é negra e nem tem ascendência desta etnia, como a maioria dos pesquisadores nesta área. "Comentam muito isso. Mas sempre tive esta inquietação em função do preconceito e da injustiça", diz ela. Perguntada se nos dias atuais o preconceito está menor, ela diz que acredita que sim. "É uma mudança lenta e gradual, mas as pessoas estão mais sensíveis. Nosso trabalho ajuda nesta mudança", comenta.
 

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